Do Tempo da Outra Senhora
A Escrita como Instrumento de Libertação do Homem
quinta-feira, 6 de novembro de 2025
A cadeirinha de "Prometida"
quarta-feira, 5 de novembro de 2025
Uma singular colher-garfo, artefacto bifuncional de arte pastoril
segunda-feira, 3 de novembro de 2025
Novembro, mês da engorda
sábado, 1 de novembro de 2025
A génese da arte pastoril
O Alentejo é terra de vagares. Na
charneca, o tempo cresce e recresce para o pastor de ovelhas. Nesse contexto,
os palpites de alma fazem das suas. Logo um impulso criador detona e pelas
redes neuronais é transmitido às mãos calejadas. Estas manobram com destreza uma
navalha afiada com a qual entalha, grava ou filigrana, o material nativo que
recolheu na Terra Mãe, mesmo ali à mão de semear.
Com a magia dum alquimista, transmuta
a madeira, a cortiça e o chifre, em autênticas Obras de Arte, graças a um nato
saber-fazer, aliado a um refinado bom gosto, pautado por ideias ancestrais que
lhe povoam a mente.
Cruzes, estrelas, flores,
signo-saimões, hexafólios e corações, integram a simbologia, a maioria das
vezes apotropaica ou mesmo sagrada, com que lavra a superfície dos materiais e
que nos transmitem mensagens e estórias codificadas que o artífice compôs,
visando homenagear o destinatário ou a destinatária da sua Obra: a conversada,
a mulher amada, o patrão ou a patroa que lhe asseguram o ganha-pão.
Não se trata, pois, de artefactos
confeccionados para matar o tempo, como alvitra a proclamação rifoneira: “Quem
não tem que fazer, faz colheres”. Pelo contrário, são manufactos criados
graças à generosidade do tempo que cresce e recresce nesta terra de vagares.
Adagiário do Dia de Todos-os-Santos
sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Dia de Todos-os-Santos
quarta-feira, 29 de outubro de 2025
O prazer da gastronomia alentejana
Há muito que foi sobejamente demonstrado que o Alentejo é uma região com uma identidade cultural própria. Assim o atesta a sua paisagem singular, o carácter do seu povo, o trajo popular, a arte popular, o cancioneiro popular, o cante, a casa tradicional e é claro a gastronomia, que anualmente está em grande destaque em Estremoz, na Cozinha dos Ganhões, que em Novembro de 2010 vai ter a sua XVIII edição.
5 - Pão – O alentejano é pãozeiro, gosta de comer tudo com pão. Come-se pão quando se tira uma bucha com queijo ou chouriço, para enganar a fome a meio da manhã ou a meio da tarde. O pão é de resto acompanhamento obrigatório de qualquer refeição e matéria-prima essencial à confecção de alguns pratos da nossa gastronomia (migas com carne de porco, açorda, sopa de cação, sopa da panela, etc.). E o melhor pão alentejano é naturalmente o do tipo conhecido por pão caseiro, como aquele que antigamente era cozido nos fornos dos montes, alimentados por labaredas de esteva.
No que se refere aos vinhos alentejanos, estes fazem parte integrante da gastronomia, para acompanhar aquilo que se come. A paisagem e o solo alentejano e em particular, os de Estremoz, são dádivas que a natureza se encarregou de conceder em termos de condições perfeitas para a plantação e exploração da vinha. Os solos são argilosos, argilo-calcários ou de origem xistosa.















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